Paris - By Blog do David di Vittório

VALENTINO - Ao lado dos clássicos da marca camuflados e borboletas, a Valentino traz geometrias pro seu outono-inverno 2015/16 apresentado na Semana de Moda Masculina de Paris. Elas saem do trabalho da artista australiana Esther Stewart e se transformam em recortes de casacos e blusas, em cores e/ou materiais contrastantes. E ainda viram uma padronagem étnica e acabam até no figurativo: planetas e estrelas, uma coruja nas costas, um trevo de quatro folhas na lapela do paletó. Na grande parte do desfile, a calça continua ajustada e reta – passa longe da ampla da temporada milanesa. E o paletó tem dois botões (o último fica desabotoado, claro).

YVEZ SAINT LAURENT - Ao lado dos clássicos da marca camuflados e borboletas, a Valentino traz geometrias pro seu outono-inverno 2015/16 apresentado na Semana de Moda Masculina de Paris. Elas saem do trabalho da artista australiana Esther Stewart e se transformam em recortes de casacos e blusas, em cores e/ou materiais contrastantes. E ainda viram uma padronagem étnica e acabam até no figurativo: planetas e estrelas, uma coruja nas costas, um trevo de quatro folhas na lapela do paletó. Na grande parte do desfile, a calça continua ajustada e reta – passa longe da ampla da temporada milanesa. E o paletó tem dois botões (o último fica desabotoado, claro).

LOUIS VUITTON - Kim Jones homenageia o artista e estilista britânico Christopher Nemeth no outono-inverno 2015/16 da Louis Vuitton apresentado na Semana de Moda Masculina de Paris. Foi Nemeth, que se estabeleceu no Japão no meio da década de 80 e por lá ficou até morrer em 2010, o precursor da desconstrução que dominou a moda com os japoneses e os belgas entre os 80 e os 90. O motivo do tecido superaproximado (parecem cordas se entrelaçando), marca de Nemeth, se reproduz de diversas maneiras, inclusive como estampa nos acessórios. As bolsas são usadas transpassadas, mesmo quando a alça é mais curta. E o melhor são as parkas em bege e vermelho, bem anos 90.

KENZO - A proteção também é citada por Humberto Leon e Carol Lim, os estilistas da Kenzo, que mostraram o outono-inverno 2015/16 da marca durante a Semana de Moda Masculina de Paris. E as parkas e o verde militar se destacam nesta necessidade de proteção que se vê na temporada masculina, aqui ao lado de botas cheias de ilhoses que devem agradar os homens da etiqueta. Risca-de-giz aumentada, estampas corridas mixadas e, é claro, os moletons pop que fizeram da marca um hit, que nesta coleção dividem atenções com os tricôs coloridos. E pra terminar, um choque metalizado!

DIOR - Uau. O outono-inverno 2015/16 da Dior Homme começa logo com um smoking sequinho, mas pera aí… A sola do sapato é tratorada e essa flor na lapela é um botom! Mais e mais botons florais, inclusive no boné, num look que lá longe faz lembrar o estilo de Angus Young. Mas a trilha aqui passa longe de AC/DC: Kris Van Assche coloca uma orquestra enfileirada no meio da passarela tocando uma versão sinfônica de uma música eletrônica do artista Koudlam.

O desfile segue e o sapato fica bicolor, com a sola mais destacada em branco, a alfaiataria é coberta por parkas em jeans resinado, aí vem o jeans sem lavagem e calças emborrachadas bem esportivas, ainda com gravatas. Tem costume jeans, jaquetão com gola peluda, colete… Opções street chiquérrrimas pra um homem que não abre mão do social, mas quer se divertir com isso.

DRIES VAN NOTEN - Os Miao, povo do sudoeste da China, são o ponto de partida pra coleção masculina de Dries van Noten de outono-inverno 2015/16, apresentada na Semana de Moda Masculina de Paris. Os bordados suntuosos dos casacões são estilizados e reproduzidos em estampa ou padronagem de tecido – mas não é só. O oriente como um todo gera o clima, dos matelassados e golas chinesas aos transpassados tipo quimono. A sobreposição também chama a atenção – saia por cima de calça, especialmente. E o comprimento do momento dos casacos se confirma: longo, abaixo do joelho.

THOM BROWNE - Thom Browne mergulha no luto pro outono-inverno 2015/16 apresentado na Semana de Moda Masculina de Paris. Existe um ar Abraham Lincoln próprio da passarela do estilista, que adora uma cartola e uma releitura de fraque, e esse enlutamento ganha um ar romântico, tipo do herói que perdeu a amada. No mais, muita experimentação com alfaiataria – inclusive com saias retas. 

Enjoy.

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